«- Deixa-me solitário no deserto e livre da solicitude e cuidado dos outros;
viverei só para ti [para a Igreja Santa].
– É um erro.
Acreditas [que desse modo] tomarás cuidado e interesse pelo rebanho confiado ao meu amor?
“Obras são amores, e não boas razões”.
Quando tu, para cuidar-me a mim te esqueces de ti, estás seguro ao meu cuidado:
eu cuido de ti.
A mim me encontrarás solitária nos claustros,
desertos e ermidas,
e pastora no meio dos povos,
peregrina nos caminhos,
e toda em todos e em todas as partes
onde a caridade exerce os seus atos e funções.»
Beato Francisco Palau | 1811 – 1872
As minhas vivências com a Igreja, 20, 11
Jesus,
ninguém se salva sozinho.
És Tu quem nos salvas a todos.
Contudo, nos desígnios da Tua Eterna sabedoria,
fazes de cada um de nós
um instrumento para levar aos outros a Tua salvação.
Não queres salvar sozinho,
mas fazer depender de mim a salvação de muitos outros.
Que grande missão, mas também que grande responsabilidade!
A Tua Igreja não tem portas,
expande-se em todos os caminhos,
em todas as periferias.
Encontro-Te no silêncio dos claustros,
na adoração silenciosa,
mas também em todas as estradas da vida,
barulhentas e agitadas,
onde cada instante, cada pessoa,
me concede a oportunidade de praticar
a caridade, de expandir o Teu reino.
Não permitas, Senhor, que eu me feche
sobre mim próprio,
preocupado apenas com a falta do meu tempo,
centrado apenas nos meus afazeres diários.
Concede-me a graça de acolher os meus irmãos, como Tu.
Que assim seja.