“Quando vejo algumas muito diligentes em entender a oração que têm
e muito encapotadas quando estão nela,
que parece não ousam bulir nem menear o pensamento,
para que não se lhes vá um pouquito do gosto e devoção que tiveram,
faz-me ver quão pouco entendem do caminho por onde se alcança a união.
E pensam que ali está todo o negócio.
Mas não, irmãs, não; obras quer o Senhor;
e, se vês uma enferma a quem podes dar algum alívio,
não se te dê nada de perder essa devoção e te compadeças dela;
e se tem alguma dor, te doa a ti também;
e se for preciso, jejua, para que ela coma, não tanto por ela,
mas porque sabes que teu Senhor quer isso.”
Santa Teresa de Jesus | 1515 – 1582
5 Moradas 3, 11
Jesus,
mostras-me que este é também
tempo de renovação do amor ao meu próximo.
A esmola, a oração e o jejum só têm verdadeiro sentido
se estiverem bem alicerçados no amor que de Ti recebo
e que devo dar aos meus irmãos.
Não permitas Senhor que eu caia na perigosa ilusão
de me fechar em “práticas espirituais” esvaziadas de amor,
que me afastam de Ti e da atenção que devo ao meu próximo.
Obras, queres Tu Senhor!
Ilumina-me para que em cada momento
eu saiba reconhecer em cada irmão necessitado
a prioridade daquilo que desejas de mim:
a prática do amor incondicional.
Que assim seja.