«A solidão de que falas, em certo sentido,
é própria da vida espiritual.
Quanto mais alguém se aproxima de Deus,
tanto mais se afloram as ataduras naturais,
[…] continua sendo ainda uma pessoa natural,
como para experimentar a separação do que é humano.
Inclusive entre pessoas que
têm a mesma atitude interior, o que ainda há de humano
frequentemente, molesta e estorva, de modo que
não se consegue, de todo, a harmonia que seria possível.
Na pátria será muito distinto.
A verdade é que não podemos fazer muito,
se não nos pomos nas mãos de Deus, e
suplicar-Lhe que seja Ele a fazer tudo.
Naturalmente, nós temos que fazer o que Ele espera de nós.»

Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) | 1891 – 1942
Carta 257

Jesus,
a uns dás o dom de Te conhecerem
e amarem na graça da solidão.
Outros não Te conhecem,
vivem alienados do mundo espiritual
sem o único e verdadeiro alimento
e, sem Ti, vivem a solidão com sofrimento.
Na minha caminhada são várias as vezes
em que também já experienciei este sentimento.
Umas vezes em paz, outras vezes com dor…
Mas Senhor, fazes-me ver que tudo faz parte
do Bom combate, o único que importa.
Sozinho nada posso, por isso Jesus,
coloco-me nas Tuas mãos benditas,
suplicando-Te que me ajudes
a vencer as minhas ataduras naturais.
Fortalece a minha fé e encoraja-me
a fazer aquilo que esperas de mim.
Que assim seja.