«Estás a pensar o que deveria passar-se na alma da Virgem,
quando, depois da Encarnação, já possui em si o Verbo Encarnado,
o Dom de Deus…
Com que silêncio, em que recolhimento e adoração
se devia sepultar no fundo da sua alma,
para estreitar a si esse Deus de que era Mãe.
Minha Guidinha, Ele está em nós.
Oh! mantenhamo-nos bem perto d’Ele, nesse silêncio,
com esse amor da Virgem;
é assim que vamos passar o Advento, não é?
Santa Isabel da Trindade | 1880 – 1906
Carta 183. À sua irmã. 22 de novembro de 190
Jesus,
também eu, neste Advento
desejo mergulhar e aprender a escutar o silêncio da Virgem,
tão contemplativo, cheio de espanto e admiração,
mas também de um abismo de serenidade incapaz de se sondar, porque inteiramente abandonada ao querer de Deus.
A alegria enchia por completo o seu coração,
pois não deixava de recordar aquele “Alegra-Te, cheia de graça” do Arcanjo.
Possa eu viver este Advento com os olhos postos na Tua e minha Mãe
e aprender d’Ela os sentimentos e a generosidade
de uma entrega que só sabe SIM.
Vem, Senhor Jesus.