Abre-me a porta, Jesus;
Já estou batendo há muito.
Não me escutas? Não sais?
Estás adormecido?
Abre-me, Jesus, que é tarde
A Ti vim correndo
Por entre o meio do barulho
Quis estar conVosco.
Abre-me, abre-me, suplico-Te
A portinha do Sacrário,
Ainda que durmas e descanses,
Para eu poder velar o Teu sono.
Assim, meu amor! E agora
Ainda que durmas e não me oiças
Já não importa, pois estou olhando
o Teu rosto, e me basta.
Dorme, sim, Jesus da [minha] alma
Enquanto eu velo o Teu sono
Quão cansado está o Teu rosto.
E o Teu corpo entumecido!
E pensar, Amado meu,
Que nessas marcas de cansaço e de fadiga
Estão também as minhas faltas e abandono!
Mas por isso, nesta hora
Que é a hora de estar de guarda
Ainda que seja só uma hora
Quero reparar a minha falta,
E velar junto de Ti, a Teu lado
Enquanto dormes e descansas
Que aqui, juntamente com a Virgem
O nosso amor Te cuidará!

Maria Felícia de Jesus Sacramentado (Chiquitunga) | 1925 – 1959
Pensamentos, pg 60- 61

Jesus,
possa eu também cuidar de Ti,
Tu que tanto cuidas de mim, noite e dia, sem descanso.
Peço à Tua e minha Mãe que me ajude a derramar no Teu Coração
o bálsamo do amor mais puro, que vem de Ti
e que eu, como pobre canal,
oferecendo-Te tudo pelas mãos de Maria,
possa derramar no coração dos meus irmãos, esse amor,
dando-Te a alegria de poderes derramar-Te através da minha pobre natureza em todos eles. Assim seja.