«Quanto mais desesperadas pareciam as situações
mais [Frei Lourenço da Ressurreição] esperava, como uma rocha
que, sendo golpeada pelas ondas do mar,
se mantém ainda mais firme no meio da tormenta (…)
É por esta razão que ele dizia que a maior glória que se podia dar a Deus
era desconfiar totalmente das próprias forças
e confiar-se inteiramente à Sua proteção,
porque é aí que se faz uma confissão sincera da própria debilidade,
e uma verdadeira confissão da omnipotência do Criador.»

Sobre Frei Lourenço da Ressurreição | 1614 – 1691
Elogio 44

Jesus,
não há nada de mais verdadeiro que reconhecer o próprio nada
e a Tua omnipotência, amor e misericórdia!
Contudo, não basta simplesmente reconhecer o meu nada,
de forma mais ou menos evasiva e “espiritualizada”.
Há que reconhecê-lo nas situações concretas do dia a dia em
que sou confrontado verdadeiramente com os meus limites, os meus pecados…
e ser capaz de os assumir com verdade e lealdade diante de Deus e dos meus irmãos
(diante dos irmãos?… como custa!).
Sabendo-me sempre olhado com misericórdia por Ti,
o amargor do pecado transforma-se em doçura…
e com a mesma doçura começarei a julgar e suportar as debilidades dos meus irmãos,
Sentindo-me amado, serei capaz de amar e perdoar.
Assim seja.