«Ser pequeno é (…) não atribuir a si mesmo as virtudes que se praticam,
julgando-se capaz de alguma coisa,
mas reconhecer que Deus coloca este tesouro na mão de seu filho
para que se sirva dele quando precisar;
mas é sempre o tesouro de Deus.
Enfim, é não desanimar com as próprias faltas,
porque as crianças caem muitas vezes,
mas são demasiado pequenas para se magoarem muito.»
Santa Teresa do Menino Jesus | 1873 – 1897
Últimos Conselhos e Recordações. 6 de agosto. 8
Jesus,
quem poderia imaginar isto,
quando o mundo me pede e exige que exiba as minhas competências,
que faça alarde das minhas capacidades e dons,
que esconda o mais possível as minhas fragilidades e defeitos…
E Tu, na Tua infinita sabedoria, pedes-me o contrário…
isto é a verdade, a verdade de mim mesmo perante Ti.
Sim,
é só sob o Teu olhar de amor e misericórdia que posso aceitar ser como sou e conhecer-me.
É só sob o Teu olhar de misericórdia e amor que vou vendo cada dia mais aquilo que sou,
procurando sempre levantar-me, sem desanimar, e caminhar para diante.
Esta é a maior coragem que um ser humano pode manifestar:
cair muitas vezes, sem desanimar, sem entrar em depressão,
sem ficar a remoer no que fez de errado.
Isso seria ficar centrado e fechado em si.
Sair de si, esquecer-se de si, para continuar a amar-Te a Ti e aos irmãos.
Como S. Paulo que, com a Tua graça, possa dizer em cada dia:
“Esquecendo-me do que fica para trás, lanço-me para diante” (Fl 3,13b)
Concede-me esta graça da humildade, confiança e coragem,
a pouco e pouco na minha vida.
Assim seja.