«Compreendei que para amar Jesus,
para ser a sua vítima de amor,
quanto mais fraco se é, sem desejos, nem virtudes,
tanto mais puro se está para as operações
deste Amor consumidor e transformante…
Só o desejo de ser vítima basta, mas é preciso consentir
em permanecer pobre e sem forças e aí está a dificuldade
porque “Onde encontrar o verdadeiro pobre de espírito?
É preciso procurá-lo muito longe” disse o salmista…
Não diz que é preciso procurá-lo entre as almas grandes,
mas “muito longe”, isto é, na baixeza, no nada…
Ah! permaneçamos, pois, muito longe de tudo o que brilha,
amemos a nossa pequenez»

Santa Teresa do Menino Jesus | 1873 – 1897
Carta 197

Jesus,
mais do que reconhecer a minha pequenez,
importa amá-la!
Sim, amar a minha pequenez, o meu nada.
Sei pelas palavras de S. Paulo que
escolheste o que é fraco, para confundir o forte;
escolheste o que é vil e desprezível,
o que nada vale aos olhos do mundo,
para reduzir a nada aquilo que vale,
a fim de que nenhuma criatura
se possa gloriar diante de Ti.
Concede-me a graça, Senhor,
da pobreza de espírito, de um coração humilde,
capaz de atrair a Tua misericórdia
e de se deixar transformar pelo Teu amor.
Que assim seja.