«Caríssima Madre, vedes que sou uma alma muito pequena
que não pode oferecer a Deus senão coisas muito pequenas.
E ainda me acontece muitas vezes
deixar escapar destes pequenos sacrifícios
que dão tanta paz à alma.
Isso não me desanima;
suporto ter um pouco menos de paz
e procuro ser mais vigilante para outra vez.
Ah! o Senhor é tão bom para mim,
que me é impossível temê-lo.
Sempre me deu o que desejava,
ou antes, fez-me desejar o que me queria dar.»
Santa Teresa do Menino Jesus | 1873 – 1897
Manuscrito C. 31rº
Jesus,
quantas vezes me sucede que quando me dou conta de que fiz alguma coisa de errado,
um pecado, ou uma falta,
seja ele pequeno ou grande,
fico em baixo comigo mesmo
e, o pior, sinto-me a perder a força para lutar…
que possa sentir tristeza é normal e até, de certa forma, saudável,
mas que me sinta desencorajado manifesta apenas o meu orgulho,
e mais, é sinal de que estou assente e dependente das minhas forças que são fracas.
De facto não estou a pôr a minha confiança na Tua infinita misericórdia,
capaz de operar maravilhas na minha vida, de facto. E acredito nisso?
Jesus, Te peço, que
como os Teus amigos, os santos,
depois de cada queda,
fazendo o que está da minha parte
me levante apoiado firmemente na força da Tua graça
que jamais me faltará.
Assim seja.