«Depois de um dia, triste ou alegre,
o nosso coração antes do descanso sente necessidade
de contemplar por alguns instantes,
no silêncio de todas as coisas,
o céu estrelado.
Como tudo desaparece
perante o ténue brilho daqueles astros
que nos falam do Infinito que nos espera
e da fugacidade de todas as alegrias terrenas.»

Beata Elias de S. Clemente | 1901 – 1927
Carta 167. A Vicenza Rinaldi. Sem data.

Senhor,
colocaste no meu coração
o desejo do infinito.
Quando contemplo o céu estrelado,
quando o meu olhar rasga o horizonte,
quando emudeço perante o mar,
nada mais é do que sede de Ti,
sede do infinito, do absoluto,
do amor do meu Deus.
Que eu não perca nunca, Senhor,
a graça de buscar as coisas do Alto.
Sejam os dias tristes ou mais alegres,
com ou sem contrariedades,
que na contemplação do céu estrelado
eu possa antever a eternidade,
a beleza da verdade imutável,
o amor do meu Deus que é o mesmo,
ontem, hoje e amanhã.
Que assim seja.