«Uma Irmã confiava à Irmã Isabel [da Trindade] a dificuldade que tinha
em afastar os pensamentos inúteis na oração.
“Ah!, respondeu ela, para que seja de outro modo
é necessária uma grande fidelidade durante todo o dia.
Ao ver a minha companheira de ofício muito apressada,
ocorreu-me uma ou duas vezes apressar-me no trabalho;
enervava-me, mas Deus não quer isto.”»

Santa Isabel da Trindade | 1880 – 1906
Pensamentos, A oração silenciosa pg.58

Jesus,
Quantas vezes dou comigo a querer despachar serviço.
Observo-me mais de perto e reconheço aí a minha vaidade,
o meu desejo de ficar bem aos meus próprios olhos
ou aos olhos dos outros;
de me sentir bem comigo “Eu fiz isto!”.
Ou então o desejo de me livrar depressa
das tarefas menos agradáveis.
Vejo ainda, quantas vezes,
o hábito fazer várias coisas ao mesmo tempo,
para aligeirar, para não pensar muito,
para não me deparar com o silêncio.
Porque no silêncio vejo-me.
No silêncio encontro a minha pobreza.
No silêncio encontro os olhos puros do Amado.
O meu Amado tem os olhos cheios de ternura e humildade,
cheios de solidão e saudades minhas.
Tem estado à minha espera em silêncio.
O meu Amado quer-me já, agora, sempre.
Quer a minha pobreza e a minha dor. Quer-me todo.
Não é só na hora da oração.
Ensina-me Jesus a ser-Te fiel durante todo o dia.
Que assim seja!