«Durante uma boa parte da sua vida,
não conseguia sentir-se satisfeito,
custava-lhe descansar e confiar na sua salvação
pelo poder da Graça e dos méritos de Jesus Cristo,
mas, esquecendo-se de si mesmo e de todos os seus interesses,
lançava-se inteiramente (…) nos braços da misericórdia infinita.
Quanto mais DESESPERADAS pareciam ser as situações,
mais ESPERAVA,
como uma rocha que, sendo golpeada pelas ondas do mar,
se afirma ainda mais no meio da tormenta.»
Frei Lourenço da Ressurreição | 1614 – 1691
Elogio 44
Jesus,
ninguém pode calcular o que está escrito nesta oração, se não faz a experiência.
Passar da confiança em si mesmo, para a total confiança em Ti,
é como superar a barreira do som…
Aquele que a passou a primeira vez, pilotando um avião ainda rudimentar,
ao sentir que o avião parecia ter uma barreira à frente que não o deixava avançar,
pela primeira vez forçou o pequeno avião aumentando a velocidade.
Pensou que morria, pelo estrondo atroador que se produziu
ao ultrapassar a barreira dos 1200 Km por hora. Mas conseguiu.
Parece-me que aqui se passa algo do mesmo.
Há que arriscar, aceitando morrer a si mesmo,
há que atirar-se com coragem e valentia para os Teus braços,
para fazer a experiência consoladora que Tu, Jesus em nós atuas, resolves, diriges…
com a minha humilde colaboração, claro.
Então, quando ages em mim, nada tenho de que me gloriar,
mas poderei dar-Te glória,
aquela que Te vem por se ver claramente que a obra não poderia ser minha, mas Tua.
Assim seja.