«Acompanho-a com o pensamento na sua difícil viagem,
e nos próximos dias não deixarei de pensar em si.
Serão dias difíceis para si,
e é possível que até chegue a pensar que algo assim não se pode suportar.
No entanto, estou plenamente persuadida
de que encontrará em si mesma a força necessária.
Agora tem no céu uma fiel intercessora,
que certamente conhece todas as suas dificuldades
e cuja oração maternal há-de ser escutada com toda a segurança.
Nada nos ajuda tanto a dirigir o nosso olhar até à pátria celeste,
como o facto de que alguém, a quem estamos muito unidos, nos preceda.»
Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) | 1891 – 1942
Carta 114
Jesus,
esta verdade de fé tão consoladora,
de que sou alvo do amor intercessor daqueles que já partiram,
deve estar mais presente na minha vida.
Aqueles que me precederam podem estar no Céu ou ainda no Purgatório,
Mas, quer uns quer outros, têm uma grande força de intercessão
e não se esquecem daqueles que amaram e que amam agora ainda mais.
Jesus,
sei que os que estão conTigo para sempre no Céu,
não precisam já da minha intercessão. Sou eu que preciso da deles.
Contudo, aqueles que ainda se purificam no Purgatório
têm um imenso poder de intercessão sobre mim, mas eu também o tenho sobre eles.
Que não me falte a compaixão e não me esqueça de ajudar aqueles que ainda estão no purgatório,
e que já são santos, mas ainda não totalmente purificados.
Jesus, ao contrário de que tantas vezes se pensa,
o Purgatório é a mais bela invenção do Coração de Deus: uma invenção de misericórdia e de amor.
Aí purificam-se como nós nesta terra e podemos entreajudar-nos com as nossas orações.
Aqueles contudo, que morrem revestidos com o escapulário do Carmo
podem alimentar a certeza de que no sábado seguinte à sua morte irão para o Céu,
pelas mãos de Maria, a Senhora do Carmo.
Jesus, que viva mais intensamente estas verdades da comunhão dos santos.
Assim seja.