«Fiz invariavelmente o mesmo [aplicar-se na presença de Deus, que também fazia nas tarefas diárias] durante a oração, o que me causava grandes doçuras e grandes consolações, eis por onde comecei. Dir-vos-ei, no entanto, que durante os primeiros dez anos sofri muito.
O receio de não estar em Deus como tinha desejado, os meus pecados passados sempre presentes a meus olhos e as grandes graças que Deus me fazia eram a matéria e a fonte de todos os meus males.»

Frei Lourenço da Ressurreição | 1614 – 1691
Carta 02. A um conselheiro espiritual. Sem data.

Jesus,
a perseverança na oração
é indispensável para a minha vida espiritual.
É aí que Te encontro e que…
também me encontro.
Na oração, vejo-me como realmente sou
perante Ti.
Todos os meus defeitos, todas as minhas misérias,
as maiores e mais feias de todas,
surgem aos meus olhos…
Não permitas, Senhor,
que o meu historial de pecados
seja razão para me querer esconder de Ti
e deixar de orar.
Por mais sofrimento que esse confronto me traga,
possa eu confiar sempre em Ti,
sabendo que esse é o caminho para o arrependimento,
para a cura, para a conversão.
Que os meus olhos se levantem para o alto,
para a Tua santidade, para a Tua misericórdia,
e aí, por Tua graça,
ver-me-ei amado como só Tu me amas.
Que assim seja.