«A vida é muitas vezes pesada, quanta amargura…
mas quanta doçura!
Sim a vida custa, é difícil começar um dia de trabalho,
o frágil botão viu-o como o belo lírio;
se ao menos sentíssemos Jesus,
oh! por Ele faríamos tudo bem, mas não,
parece estar a mil léguas de distância,
ficamos sozinhas connosco mesmas,
oh! que enfadonha companhia quando Jesus está ausente.
Mas que faz então este doce amigo,
Ele não vê a nossa angústia, o peso que nos oprime?
Onde está Ele, porque não vem consolar-nos,
já que só a Ele temos como amigo?
Ai! Ele não está longe, está muito perto,
olha-nos, pede-nos esta tristeza, esta agonia, precisa delas para as almas, para a nossa alma, quer dar-nos uma recompensa tão bela,
as Suas ambições para nós são tão grandes.
Mas como dirá ele: “chegou a minha vez” se a nossa não veio,
se não lhe demos nada?
Ai! Custa-Lhe a carregar-nos de tristezas
mas sabe que é o único meio de nos preparar
para “O conhecer como Ele Se conhece, para nos tornarmos Deuses nós próprios”.
Oh! que destino, que grande é a nossa alma…»

Santa Teresa do Menino Jesus | 1873 – 1897
Carta 57. A Celina. Segunda-feira 23 de Julho de 1888

Jesus,
é tanta a grandeza que sonhaste pra mim:
ser filho do Pai, como Tu, em Ti, por Ti!…
Espero-Te percorrendo os caminhos da vida.
Ajuda-me a ser sempre fiel ao Teu amor
em cada passo, cada palavra, cada ação…
Que sempre tome cada vez mais consciência do Teu infinito amor por mim,
sem qualquer mérito da minha parte.
Vem, Senhor Jesus! Não tardes!