«O próprio Senhor
chama a alma do seu extravio no mundo exterior
e atrai-a mais e mais a Si mesmo,
até que finalmente Ele possa uni-la
aqui no centro interior dela mesma.»

Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) | 1891 – 1942
O castelo da alma.

Pai,
Como criança pequena
Pegaste-me ao colo e
Fizeste-me percorrer o caminho
Sustentado pela Tua acção criadora.
Fizeste-me entrar pela porta estreita da Cruz
E sem que eu desse conta
Colocaste-me na Tua própria morada,
Fizeste-me habitar no Teu Mistério do Amor.
Eu te bendigo Pai
Porque ninguém pode ir a Jesus
Se Tu não o atrais.
Tu atraíste-me com vínculos humanos e
Laços de amor eterno
E agora considero tudo uma perda
Diante do bem supremo que é conhecer
Jesus Cristo, meu Senhor.

No hoje da tua graça reconheço
Que o único necessário é:
Procurar a Tua presença em todas as coisas;
Escutar a Tua palavra e guardá-la no meu coração;
Percorrer o caminho do meu interior até chegar
Ao fim de mim e encontrar-me conTigo;
Deixar-me iluminar pela Luz que fazes brilhar
na minha escuridão;
Alimentar-me do Pão Vivo que fazes descer
Do céu para a vida do mundo;
Deixar-me mover pelo impulso do Espírito de Vida
Com que me animas;
Reclinar a cabeça sobre o Teu Coração
E sentir a força do Teu Amor;
Abraçar a Cruz e deixar-me ‘chagar’
Pelo amor dos cravos do Cordeiro imolado.
Viver a vida divina que me ofereces
Ao fazeres do Teu Mistério de Amor
A minha morada.