«Não procuremos, nem amemos a Deus
pelas graças que nos deu, por mais elevadas que sejam,
ou por aquelas que nos possa vir a dar.
Por grandes que sejam nunca nos aproximam tanto de Deus
como a fé
que se faz com um ato simples.»
Frei Lourenço da Ressurreição | 1614 – 1691
Carta 16
Jesus,
quem me poderia convencer que as graças e consolações que vêm de Ti
valem menos que um só ato de fé?
Sim, assim sucede porque vivo muito da sensibilidade.
É normal, porque assim me habituei desde sempre,
mas também é bom saber que no Teu “mundo”, na vida espiritual
o que se sente não conta muito.
Conta mais a decisão da vontade de crer, de amar e de esperar.
Um ato de fé que se concretiza num simples “Jesus, creio em Ti!”,
pode arrancar-me mais de mim mesmo e da minha sensibilidade
e arrastar-me mais para Ti, do que muitas luzes ou consolações espirituais.
Sim, que viva, como se diz, com o “coração ao alto”,
e faça frequentemente atos de fé, de esperança e de amor.
Sei, Jesus, porque mo ensinas, que se todo este esforço for feito com humildade e confiança
unir-me-ei sempre mais a Ti
e serei uma pequena e alegre fonte de amor para os irmãos.
Assim seja.