«Gosto tanto de (…) contemplar,
a esta querida santa [Maria Madalena] (…) aos pés do Mestre,
é o modelo da carmelita.
Oh! Como é bom permanecer aí em silêncio,
como uma criancinha nos braços da sua mãe,
e nada ver, nada escutar, senão Ele.»

Santa Isabel da Trindade | 1880 – 1906
Carta 89

Jesus,
nesta Quaresma que avança ensina-me o valor de Te olhar crucificado.
Em geral a sensibilidade rejeita tudo o que “sabe” a dor…
Mas aqui é diferente.
Quando Te contemplo na Cruz só há Amor
e caio na conta do Teu infinito amor por mim:
por meu amor encarnaste,
por meu amor subiste à Cruz,
por meu amor ficaste na Eucaristia.
Tudo unicamente porque me amas loucamente.
A contemplação de cada um destes passos,
neste caso, da Tua Cruz,
é um momento favorável para, pelo Teu infinito Amor por mim,
me concederes força no sofrimento,
e derramares sobre mim o Teu Amor,
que é a força mais poderosa do universo.
Ver-Te crucificado por mim, para Te dares todo a mim,
leva-me, num movimento natural, a querer dar-me todo a Ti.
Contudo, na minha pobreza Te peço a força
para que assim seja.