«Talvez o Senhor lhe responda como a uma pessoa
que estava muito aflita neste ponto diante de um crucifixo,
considerando que nunca tinha tido nada que dar a Deus,
nem que deixar por Ele.
Disse-lhe o mesmo Crucificado consolando-a:
que Ele lhe dava todas as dores e trabalhos
que tinha passado em Sua Paixão,
que os tivesse por próprios para os oferecer a Seu Pai.»
Santa Teresa de Jesus | 1515 – 1582
VI Moradas 5, 5
Maria, Virgem das Dores,
desde o primeiro instante da tua vida,
foste toda de Deus, tudo deste a Deus.
Fidelíssima sempre
desde Nazaré acompanhaste todos os passos de Jesus,
até ao calvário, a sua via sacra?
Quiseste associar-te às dores de Jesus,
quiseste unir-te intimamente ao seu sofrimento
como Mãe e como Discípula.
Junto à Cruz Jesus alargou o teu Coração materno
até aos limites da humanidade de todos os tempos.
Dou-te graças, ó Mãe,
pela fecundidade da Tua dor e das Tuas lágrimas
a favor de todos nós!
Minha Mãe, peço-Te a graça de, a Teu exemplo,
saber “estar de pé” no sofrimento,
procurando a graça de um coração cheio de esperança,
deixando-me inundar pela luz da Páscoa do Senhor
e sabendo-a comunicar aos meus irmãos.
Que assim seja.