«Vive, no interior, com Eles
no céu da tua alma;
o Pai te cobrirá com a Sua sombra,
Ele há-de comunicar-Te o poder
para que O ames com um amor forte como a morte;
o Verbo há-de imprimir na tua alma, como num cristal,
a imagem da Sua própria beleza;
o Espírito Santo virá transformar-te numa lira misteriosa
que, no silêncio, sob o toque divino,
há-de produzir um magnífico cântico de amor!»
Santa Isabel da Trindade | 1880 – 1906
Carta 269
Jesus,
pela Tua Paixão, Morte e Ressurreição
não só me ensinas, como me concedes a graça de morrer para mim mesmo.
Esta palavra “morrer” soa-me sempre tão “trágica” …
e penso logo que o cristianismo nisto do “morrer” não é nada “simpático”.
Não sei o que digo, porque não sei que quer dizer “morrer”. É…
Jesus, Tu ensinas-me que morrer é “dar-Te espaço” em mim,
para que sejas Tu a viver em mim.
É dizer-me: não sou capaz sozinho, ajuda-me! Farei tudo o que posso,
com a certeza de que não serei capaz,
mas Tu, em mim, farás o que eu não sou capaz.
Morrer é “dar espaço a Ti” na minha vida:
concentrar a minha vida na Tua Vida,
o meu pensamento em Ti,
o meu sorriso no Teu,
as minhas mãos nas Tuas,
os meus pés, palavras, sentimentos… sobre os Teus, como os Teus…
Ajuda-me a viver neste silêncio a mim mesmo,
para que Tu Te possas comunicar ao meu coração e à minha vida
e serás Tu em mim a cantar o magnífico cântico do amor a Ti e aos meus irmãos.
Assim seja.