«(…) O que agrada [a Deus] é ver-me amar a minha pequenez e a minha pobreza,
é a esperança cega que tenho na Sua misericórdia…
Eis o meu único tesouro.»
Santa Teresa do Menino Jesus | 1873 – 1897
Carta 197
Jesus,
como são diferentes os Teus critérios dos do mundo!
Tantas vezes penso que o que conta é que eu não tenha defeitos
(pelo menos que os não mostre…),
que procure exibir como sou válido, importante, cheio de qualidades….
Enfim, o mundo pede-me tantas vezes uma encenação de competências
e torna-me prisioneiro das opiniões dos outros
e vivo escravo dessa atitude mais ou menos permanente.
E Tu, Jesus, pedes-me exatamente o contrário! És desconcertante!
Eu sei, queres a verdade e não a mentira,
a realidade mais profunda de mim e não a aparência.
E, diante de Ti, a minha verdade é a de uma “monstruosa mediocridade”.
Mas isso não Te preocupa, nem é empecilho para a Tua ação santificante no meu coração. Antes, o reconhecimento desta verdade é o húmus onde cresce a plantinha da santidade, porque me abre desesperadamente ao Teu amor.
Assim seja realmente na minha vida, Te peço.