«Eu pensava ter encontrado no Carmelo aquilo que procurava,
aquilo que não tinha encontrado em mais lado nenhum!
A partir daquele momento [diagnosticado de tumor maligno no joelho direito],
o meu vínculo com o Carmelo tornou-se tão forte, tão íntimo
que até hoje não consigo explicar porque foi assim.
Um pouco, como se diz,
damo-nos conta da importância duma coisa quando nos falta.
O Carmelo faltar-me-á? Foi-se?
E Jesus, Aquele a quem eu quero seguir, confundiu as suas pegadas?
Sim, já nada me é claro, tenho medo de tudo e, todavia, não o demonstro,
digo a mim mesmo que se me deixo abater,
tornarei a muitos tristes
e terei na minha consciência a responsabilidade do seu estado de ânimo.
Prefiro dar alegria.
Mas como o fazer com um peso tal no coração?»
Servo de Deus Jean Thierry do Menino Jesus e da Paixão | 1982 – 2006
O menino que queria tornar-se Jesus. pg. 160
Jesus,
quantas vezes a vida me pesa, os problemas me afligem,
as situações parecem sem saída…
e deixo-me abater pela angústia, pelo medo, pela incapacidade.
Não é isto que queres, mas que diante da dificuldades
coloque em Ti a minha confiança e viva de fé,
na certeza de que tudo concorre para meu bem.
Não é fácil, é um exercício ao qual há que se habituar,
como nos exercitamos em tantas outras coisas…
com uma diferença:
exercitar-me na fé conduz à alegria (mesmo no meio da prova),
à esperança (quando nada parece justificá-la)
e à salvação (pois Jesus pode intervir porque Lhe abri a “porta”).
Que assim seja.