«Oh! nunca como durante esta provação
compreendi tão bem a dor da SS.ma Virgem e de S. José
procurando o divino Menino Jesus…
Estava num triste deserto,
ou antes, a minha alma era semelhante ao frágil batel sem piloto,
entregue à mercê das ondas tempestuosas…
Eu sei, Jesus estava lá a dormir na minha barquinha;
mas a noite era tão negra, que me era impossível vê-l’O.
Nada me iluminava;
nem sequer um relâmpago vinha rasgar as nuvens sombrias…
Sem dúvida que o clarão dos relâmpagos é bem triste;
mas se a tempestade tivesse chegado a rebentar abertamente,
teria podido vislumbrar Jesus ao menos por um instante…
Era a noite, a noite profunda da alma…»
Santa Teresa do Menino Jesus | 1873 – 1897
Manuscrito A. 51rº
Jesus,
nas noites da alma estamos conTigo, sempre,
mesmo que não vejamos, não sintamos, não toquemos a Tua presença.
Nestes momentos, peço a Nossa Senhora e a S. José que sejam os meus mestres,
pois também Eles Te perderam, Te procuraram e Te encontraram.
Contudo, ao encontrarem-Te algo mudou para Eles.
Às Tuas palavras “porque Me procuráveis?
Não sabíeis que havia de estar em casa de meu Pai?”
guardaram estas palavras nos Seus corações
e foram compreendendo melhor quem era o Seu Menino.
Saiba eu também estar aberto a todas as surpresas,
e “mensagens” imprevisíveis que queres manifestar na minha vida.
Assim seja.